Não sabe como sair do aluguel? Essa é uma questão para a qual muitas pessoas buscam respostas. E, na verdade, elas existem. O desejo de ter um imóvel próprio é muito comum, principalmente quando falamos de famílias que buscam estabilidade.
Por isso, apontamos aqui 6 passos fundamentais para você se organizar financeiramente para sair do aluguel de vez.
1. Revise seu planejamento financeiro
O planejamento financeiro é o que possibilita comprar um imóvel próprio e sair do aluguel. Em uma família, existem muitas prioridades, e cada uma deve definir as suas. Casais sem filhos não precisam se preocupar com os gastos com escola e cursos extracurriculares. Em casas com crianças, o orçamento doméstico deve ser bem maior.
Considerando cada realidade, é preciso planejar o custo da aquisição do imóvel e de seu impacto no orçamento. O planejamento é o primeiro passo, que deve vir antes mesmo de começar a procurar uma casa ou apartamento.
No planejamento, você deve visualizar os gastos e eliminar eventuais dívidas (o que inclui bens parcelados no cartão de crédito). Para onde você direciona seus recursos mensais? Você tem metas pré-estabelecidas que são atingidas sem “estripulias” financeiras? Se você utiliza uma planilha e tem todo esse controle de gastos fixos e variáveis, ótimo.
Em seguida, avaliar onde pode ocorrer economia. Por fim, saberá quanto da renda poderá ser comprometida com o imóvel próprio.
2. Elimine gastos desnecessários
Após realizar o planejamento financeiro, você tem em mãos uma importante ferramenta para avaliar seus gastos. Como sair do aluguel sem ter esse controle? Impossível. É preciso fazer um esforço em prol deste grande objetivo e economizar é uma estratégia fundamental (inclusive para realizar qualquer sonho).
Um ponto importante que deve ser considerado por você e por sua família é repensar o estilo de vida. É possível manter uma vida confortável diminuindo certos gastos.
O cafezinho que você toma no intervalo do trabalho todos os dias pode acontecer duas vezes na semana. O cinema de todo final de semana pode ser substituído por duas sessões de cinema em casa. O jantar fora de todo sábado pode ser menos frequente.
Vamos mostrar como é o impacto desses três exemplos? Um cafezinho de R$ 3,00 por dia custa R$ 1.095,00 por ano. O cinema para uma família de 4 pessoas custa R$ 120,00 a cada ida, e R$ 6.240,00 por ano. O jantar para duas pessoas, incluindo transporte, sair em média R$ 200,00, cerca de R$ 10.400,00 por ano.
São pequenas mudanças que causam uma economia relevante para o orçamento. E são elas que podem auxiliar você a destinar os recursos para sair do aluguel. Em suma, repense a frequência dos gastos supérfluos.
Você pode também analisar as contas da casa para encontrar fornecedores com melhor custo-benefício. Empresas de internet, TV a cabo e telefonia oferecem serviços muito similares, mas os preços podem ser bastante distintos.
Neste mesmo sentido, há outras boas práticas para eliminar gastos desnecessários é comparar preços de produtos e aproveitar descontos oferecidos. Atualmente, existem muitos aplicativos de cashback que podem retornar dinheiro a cada compra, inclusive.
3. Confira seus investimentos
Um ponto importante para quem deseja sair do aluguel e comprar um imóvel próprio são os investimentos. No planejamento financeiro, mencionamos a necessidade de se ter metas definidas. Afinal, os sonhos ficam no campo das ideias até se tornarem metas.
Se a sua meta é adquirir um imóvel próprio até 2022, você já tem o prazo para executá-la. Deve saber, então, qual o valor deste imóvel e o que deve fazer para chegar lá. É aqui que entram os investimentos.
De acordo com especialistas do mercado, existem vários métodos de destinação dos recursos financeiros de uma pessoa. Para arcar com o custo de vida (gastos fixos e variáveis essenciais), estima-se 70% da renda total. Outros 20% devem ser destinados aos investimentos, e 10% para investimentos de aposentadoria. Essas porcentagens podem variar.
Sair do aluguel por meio da compra de um imóvel entraria nos 20%, então. No entanto, se você reduz os gastos desnecessários e passa a destinar 40% da renda para os investimentos, você conseguirá atingir sua meta mais rapidamente. Por isso, é muito importante rever o planejamento e eliminar gastos desnecessários.
Se até 2022 você conseguir juntar 60% do valor do imóvel para dar de entrada em um financiamento, excelente. Se juntou 100% e comprará à vista, perfeito. Nos dois casos, você atingirá sua meta.
4. Entenda como o imóvel pode ser um bom investimento
Comprar um imóvel pode ser um bom investimento? Essa é uma pergunta comum em leigos e investidores iniciantes. Mas e para quem quer sair do aluguel? Neste caso, sem dúvidas é um ótimo investimento familiar.
Muitas pessoas pensam em sair do aluguel para dar conforto e estabilidade para sua família. Isso é especialmente importante para casais com filhos, em que essa estabilidade é importante para o desenvolvimento das crianças.
Neste contexto, é inegável que o imóvel é um bom investimento, sem entrar no aspecto financeiro da compra.
No entanto, pensando sob o aspecto das finanças, comprar um imóvel também é um investimento interessante. Locais com alta densidade demográfica, como capitais e cidades grandes, têm alta busca por imóveis. O metro quadrado se valoriza continuamente com a falta de espaço para novos empreendimentos. As chances de uma venda futura, com o imóvel mais valorizado, aumenta.
É preciso lembrar que, raramente, ocorre desvalorização de um imóvel localizado em boas regiões, em bairros sólidos e com boa infraestrutura. Então, você pode sair do aluguel agora, comprando um imóvel, e ainda vender seu bem futuramente caso deseje.
5. Considere todos os custos
Na hora de pensar como sair do aluguel, os interessados devem estar cientes de todos os custos da compra. Pesquisar o lugar ideal é um momento muito prazeroso para qualquer família. Envolver as crianças neste processo também é gostoso e ajuda bastante a encontrar um local que atenda a todos.
No entanto, o primeiro passo é estipular um valor que caiba no seu orçamento. Sem entrar no mérito de quais necessidades o imóvel deve atender (localização, tamanho e outros fatores), é fundamental pesquisar todos os custos. Abaixo, listamos os principais custos na hora de comprar um imóvel e sair do aluguel:
Escritura pública: o custo depende do estado em que o imóvel foi comprado (no caso de São Paulo, um imóvel de R$ 300 mil custaria R$ 2.500 em média). No financiamento, não se paga o valor da escritura, porque o contrato emitido pelo banco cumpre esse papel.
Registro do imóvel: depende dos comprovantes de pagamento do ITBI e da escritura. Os custos mudam conforme o estado e, em São Paulo, seria algo próximo a R$ 1.800,00 para registrar um imóvel de R$ 500 mil.
ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis): imposto cobrado conforme cada prefeitura sobre a transmissão do imóvel. Possui alíquota entre 2% a 3% sobre o valor do imóvel.
Taxa de corretagem: paga quando se adquire um imóvel por meio de corretor ou imobiliária, que varia entre 5% e 6% do valor do imóvel.
6. Financie uma parte para sair do aluguel
O financiamento imobiliário é uma forma para sair do aluguel muito popular no Brasil. Ele possui diversas formas e regras. Em geral, as construtoras pedem, no mínimo, 20% do valor do imóvel como entrada. No entanto, há programas mais populares, que possuem subsídios do governo, com regras diferentes.
Considerando apenas o aspecto financeiro, do imóvel como investimento, o financiamento não é a melhor das opções. No final das contas, o comprador paga quase o dobro do preço, dependendo das circunstâncias.
Mesmo assim, ele pode ser considerado uma boa opção para realizar o sonho da casa própria. Nossa dica para sair do aluguel por meio do financiamento é financiar o menor valor possível, dando uma entrada generosa. Assim, a incidência dos juros será menor no longo prazo.
Além disso, fique atento a 4 aspectos ao fazer um financiamento:
Contrato: para comprar um apartamento financiado, o consumidor deve ler o contrato e, se for o caso, procurar auxílio da imobiliária para esclarecer pontos de dúvida. Neste documento, estão todas as condições prometidas nas publicidades.
Valor do imóvel: pode ampliar ou reduzir as possibilidades de conseguir um financiamento. É mais vantajoso, por exemplo, financiar imóveis acima de R$ 350 mil diretamente com a construtora.
Capacidade financeira: analisar sua capacidade financeira, de acordo com o orçamento doméstico e com a forma de trabalho (emprego fixo ou autônomo), é imprescindível antes de financiar.
Reputação da construtora: tempo de mercado, situação financeira e solidez da empresa são fatores que devem ser analisados pelo comprador, especialmente em caso de imóveis na planta.
Para sair do aluguel, o comprador deve, em primeiro lugar, rever suas finanças. Ao eliminar os gastos desnecessários, poderá alocar melhor seus investimentos conforme suas metas. Ainda que comprar um imóvel não seja um investimento tão incrível pelo aspecto financeiro, é um grande investimento familiar. Afinal, é a realização de um sonho.
No entanto, é preciso ter muito cuidado na hora de adquirir uma casa ou apartamento para sair do aluguel. Existem custos que devem ser avaliados, especialmente quando terá financiamento.
O auxílio de uma imobiliária pode ajudar em muitos pontos para sair do aluguel, principalmente para buscar o apartamento perfeito!