O novo coronavírus causou uma crise sem precedentes no mundo. Tanto no aspecto social, quanto no aspecto econômico, as consequências foram muito grandes. No entanto, para seguir em frente, é preciso ter otimismo e esperança de dias melhores. Por isso, pensando no seu futuro, apontamos 4 opções de investimentos para se fazer no pós-pandemia.

O momento atual é, inclusive, um período que investidores podem aproveitar bem. Veja como!

A pandemia e os investimentos

A recessão no mercado financeiro global é muito relevante. Ela atingiu todos os países, e cada um sofreu consequências de gravidades distintas, considerando seus próprios cenários. No Brasil, a imposição de quarentena e lockdown em alguns lugares trouxe grande impacto em nossas vidas. Várias empresas encerraram as atividades e o desemprego aumentou.

Em um cenário de tamanha incerteza, aqueles que tinham um planejamento financeiro sólido conseguiram passar melhor pela crise. São as mesmas pessoas, inclusive, que agora têm outras opções de investimentos para escolher para o pós-pandemia.

Antes, claro, é preciso pensar na administração do orçamento doméstico. Se ele está organizado, com os gastos otimizados mesmo na instabilidade econômica, ótimo. Aí sim é possível considerar as opções de investimentos.

Mas o primeiro deles deve ser a reserva de emergência.

Reserva de emergência

A reserva de emergência é um montante de recursos que você deve ter para enfrentar situações emergenciais. Na pandemia, muitas pessoas precisaram recorrer à reserva para arcar com seus gastos essenciais mensais. No mesmo sentido, empresários utilizaram esses recursos para manter suas atividades.

O valor da reserva é de 6 meses do custo de vida. Antes de considerar outras opções de investimentos no pós-pandemia, complete esse montante, caso ainda não esteja completo. Isso te dará tranquilidade e segurança em momentos imprevistos futuros. 

Seu custo de vida deve considerar despesas fixas e variáveis gastas em um mês. Definir o que integra esse custo é uma escolha individual, mas sempre inclua os gastos essenciais. Aluguel e condomínio, água, luz, telefone, internet, alimentação e tributos devem ser necessariamente incluídos.

Se sua família tem uma despesa média de R$ 10 mil por mês, sua reserva de emergência será de R$ 60 mil. 

Para montar ou completar sua reserva de emergência, você deve pensar em investimentos com duas características:

  • Liquidez: rapidez com que o ativo é transformado em dinheiro. Ou seja, você deve sacar o investimento e ele estar disponível para você em poucas horas. Afinal, a reserva de emergência pode ser acionada a qualquer momento.

  • Volatilidade: indica a oscilação do investimento no mercado. O dinheiro reservado para reserva de emergência não pode sofrer muitas oscilações. Você deve evitar investimentos em renda variável, como ações, para este fim. 

Então quais são as opções de investimentos para a reserva de emergência? Tesouro Selic e CDBs de liquidez diária. O Tesouro Selic você pode adquirir diretamente no Tesouro Direto. Os CBDs de liquidez diária são oferecidos por algumas corretoras, bancos digitais e fintechs, como PicPay, Nubank, Sofisa e outros. A poupança possui rendimento abaixo de todos eles, vale lembrar.

Agora que sua reserva de emergência está completa, vamos às opções de investimentos no pós-pandemia.

Opções de investimentos no pós-pandemia

Devemos pensar em opções de investimento de médio e longo prazo. Mas isso não impede você de considerar também investimentos de curto prazo para o próximo ano. Afinal, uma viagem com a família, por exemplo, pode também ser planejada.

Acabemos de mencionar que a reserva de emergência será sua salvaguarda. A partir do momento em que ela está completa, e o orçamento em dia, você deve avaliar primeiramente seu perfil de investidor.

Ele guiará suas opções de investimentos. O ponto principal do perfil é entender seus objetivos com os ativos e sua aversão à risco. Isso significa que você deve ter metas com prazos definidos antes de investir. Além disso, deve entender sua reação frente às oscilações do mercado.

Se você não suporta perder dinheiro em um investimento, e uma queda no valor das ações te deixa apavorado, investir em ações não é seu perfil. Cada investimento tem uma parcela de risco, e ele deve ser avaliado antes de tomar uma decisão financeira. São três os perfis de investidores:

  • Conservador: não gosta de correr riscos na valorização do dinheiro aplicado. Opta por investimentos sem grandes riscos ou regras complexas. É uma estrada tranquila e longa.

  • Moderado: parte dos recursos são aplicados em investimentos com risco médio de variações financeiras, que podem trazer maior rentabilidade. Outra parte é aplicado em investimentos conservadores, com boa liquidez para resgate rápido e boa diversificação.

  • Arrojado: investidor que aceita riscos de variação nos rendimentos, inclusive alterações no capital investido inicialmente. Foca no longo prazo e na rentabilidade. Também realiza diversificação e investimentos moderados e conservadores.

Considerando seu perfil, apresentamos a seguir diversas opções de investimentos para o pós-pandemia.

Investimentos em renda fixa

Todos os bons investidores possuem investimentos em renda fixa. São opções seguras, com menor rentabilidade, mas fundamentais em qualquer carteira. Algumas opções de investimentos em renda fixa são:

  • Tesouro Direto: envolve o Tesouro Selic, o Prefixado, o IPCA.

  • Poupança (um dos piores investimentos da renda fixa)

  • CDB (Certificado de Depósito Bancário): títulos emitidos por bancos para captar dinheiro.

  • LC (Letra de Câmbio): semelhante ao CDB, com a diferença de que o CDB é emitido por um banco, e a LC por financeiras. 

  • LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário ou do Agronegócio): títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para financiar o setor imobiliário ou agrícola.

  • CRI/CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliários ou do Agronegócio): títulos de renda fixa emitidos por instituições securitizadoras para financiar o setor imobiliário ou agrícola. Semelhantes às LCI e LCAs, mas sem proteção do FGC. São destinados a investidores qualificados.

Com exceção de CRI/CRA e dos títulos do Tesouro Direto, os demais investimentos em renda fixa citados têm proteção do Fundo Garantidor de Crédito. A missão do FGC é proteger o investidor caso ocorra uma crise bancária sistêmica, que provoca a quebra de bancos. Ou seja, se sua corretora quebrar, você terá a segurança de ter o dinheiro de volta até o limite fixado.

A garantia é de até R$ 250 mil por CPF/CNPJ em até 4 instituições financeiras, totalizando até R$ 1 milhão por CPF/CNPJ a cada 4 anos. 

Ações

Quem compra uma ação compra uma fatia da empresa. Esse mercado leva em conta a variação no valor das organizações, portanto. As ações são boas opções de investimentos para pessoas arrojadas, que aceitam o risco da oscilação.

Além disso, o investidor em ações sempre pensa no médio e longo prazo. A oscilação do mercado financeiro é natural e ocorre em diversos momentos. Em épocas de crise, a Bolsa costuma cair bastante e levar junto o valor das ações.

Para quem tem grande aversão a riscos, o investimento em ações não é uma boa. Além disso, demanda bastante análise (fundamentalista ou técnica), o que afasta alguns investidores mais inexperientes.

Imóveis

Investir em imóveis é uma opção muito considerada pelos investidores. Em alguns casos, é, em primeiro lugar, a realização de um desejo pessoal e familiar. Construir o próprio lar, com sua cara, para dar conforto e segurança para a família é um grande objetivo, sem dúvidas.

No entanto, neste primeiro aspecto, não pode ser considerado um investimento em termos técnicos. Isso porque quem compra para morar terá, na verdade, custos com o imóvel.

Mesmo assim, é preciso fazer uma reflexão sobre a compra de imóvel para morar. A crise do coronavírus impactou em muitos mercados, inclusive no mercado imobiliário, que vinha em crescimento. Mesmo diante da instabilidade, temos um fator que faz o investimento imobiliário ser uma das boas opções de investimento: a queda na Taxa Selic (atualmente em 2%).

Os juros baixos beneficiam a compra de imóveis ao facilitar o crédito imobiliário para compradores e construtores. Quem possui dinheiro em mãos para comprar um imóvel pode se beneficiar da renda a curto prazo com os aluguéis, inclusive com locação de curta temporada. É possível, também, se aproveitar da queda nos preços de imóveis residenciais.

Por isso, os imóveis, mesmo na crise, continuam sendo opções seguras de investimento, já que tendem a apresentar valorização constante. E isso vem ocorrendo principalmente fora das grandes metrópoles. Cidades grandes fora das capitais estão mais valorizadas, porque a pandemia trouxe uma outra perspectiva às pessoas: prezar pela qualidade de vida.

Isso é mais possível fora dos grandes centros urbanos. E é também o motivo que vem causando valorização nos imóveis residenciais

Existem boas opções de investimentos para se fazer no pós-pandemia. Necessariamente, o primeiro deles deve ser completar ou realizar a reserva de emergência. Em seguida, conforme o perfil do investidor, é possível pensar em investimentos de renda fixa, ações e imóveis.

Os imóveis são indicados para quem quer realizar o sonho da casa própria, ao mesmo tempo em que vê seu bem sendo valorizado ao longo dos anos. O fundamental é não errar na hora da escolha.

Para isso, o auxílio de uma imobiliário é fundamental. Veja como a Invista pode ajudá-lo!